Na última quarta-feira, 29, representantes da Fenajufe se reuniram com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. No mesmo dia, tiveram também uma reunião com o presidente do TSE, Dias Toffoli. No entanto, de acordo com Adilson Rodrigues, dirigente da Fenajufe, nos dois casos as demandas dos servidores foram respondidas com evasivas.
Adilson relata que a conversa com Lewandowski foi rápida. Já que não havia agendamento prévio, os representantes dos servidores abordaram o ministro em um intervalo da sessão do Supremo. Foi externada a ele a preocupação pelo fato de não ter ocorrido a segunda reunião entre o STF e o Ministério do Planejamento, para a qual o governo havia prometido uma contraproposta. Lewandowski afirmou que a conversa com o governo deve ser retomada a partir da próxima semana, quando o diretor-geral, que está de férias, retornar. Ele disse ainda estar interessado em que o avanço nas negociações aconteça.
O ministro mostrou-se preocupado com a mobilização da categoria, chegando a questionar sobre a possibilidade de uma nova greve, ao que os representantes dos servidores responderam que a categoria segue atenta, mobilizada e em estado de greve em todo o país: “Deixamos clara para ele a insatisfação da categoria, e que, embora as consequências recaiam sobre os servidores, o desrespeito é com todo o Poder Judiciário”, disse Adilson Rodrigues. Também participaram da reunião com Lewandowski a dirigente da Fenajufe Maria Eugênia e o diretor do Sintrajud/SP Antonio Melquíades (Melqui).
Pedidos a Toffoli são respondidos com evasivas
Ainda na quarta-feira, os mesmos representantes, acompanhados ainda por Cledo Vieira e Edmilton Gomes, ambos dirigentes da Fenajufe, se reuniram com o presidente do TSE, Dias Toffoli. Na conversa, foi cobrada de Toffoli uma atuação mais vigorosa para ajudar na retomada da negociação com o governo. Porém, de acordo com Adilson, o ministro novamente não se comprometeu, sendo “muito evasivo” e prometendo, no máximo, conversar com Lewandowski sobre o tema.
Os representantes da Fenajufe cobraram Toffoli também a respeito da data-base dos servidores, cujo julgamento foi interrompido por ele com um pedido de vista do processo: “Insistimos que esse processo é um marco fundamental para os servidores. Justamente pelo desrespeito à data-base é que estamos com essa situação no Judiciário, onde não há política salarial, o que nos leva a ter que buscar alternativas periódicas, causa fundante de todas as greves de servidores, que se veem obrigados a paralisar as atividades”, explicou Adilson.
Fonte: Fenajufe
