ARTIGO- Hoje vamos falar sobre estresse e seus sintomas

Leia abaixo o artigo da Dra. Janaína Goulard/ Psicóloga e conveniada da ASSOJAF/RS

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Sabe-se que nos últimos anos, o nível de estresse da população tem aumentado significativamente. Aliás, o termo estresse é muito utilizado para justificar diferentes problemas, tanto físicos, quanto emocionais. Mas você sabe o que significa o termo “estresse”?

Existem diferentes conceitos, mas podemos definir como um esforço de adaptação realizado pelo organismo para enfrentar situações consideradas ameaçadoras à vida e ao seu equilíbrio. Ou seja, é uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou mesmo que a faça feliz (Lipp, 1995). Ou seja, situações consideradas importantes (como por exemplo uma promoção no emprego), podem ser consideradas como fatores estressantes, desde que traga prejuízo ao sujeito em suas atividades cotidianas.

Não existe um único fator relacionado ao estresse. Cada pessoa reage e interpreta os fatos de sua vida de forma peculiar. No entanto, a literatura classifica os estressores (desencadeador do estresse) em três categorias, conforme segue: (1) Físicos: relacionados ao ambiente externo tais como ruídos, frio ou calor intenso e/ou persistente, acidentes, fome, dor, etc., ou ainda os que interferem no corpo do indivíduo, tais como excesso de exercícios físicos, alimentação pesada, utilização de drogas, etc.; (2) Cognitivos: são avaliados como ameaçadores à integridade do indivíduo ou a seu patrimônio (físico ou psicossocial), como por exemplo a eminência ou a vivência de um assalto, envolvimento em uma discussão, seleção a um emprego, provas, etc.; e (3) Emocionais: Sentimentos como perda, medo, raiva, entre outros, ou eventos importantes como casamento, divórcio, mudanças (de casa, escola, cidade, trabalho, etc.), em que o componente afetivo se faz mais proeminente.

Os principais sintomas relacionados ao estresse são: ansiedade, cefaleia, tristeza, raiva, dores abdominais, dificuldade de concentração, dor no peito, esquecimento, insônia, retraimento social, dentre outros. As consequências dos referidos sintomas refletem tanto fisicamente (como por exemplo no desenvolvimento de acne, gastrite, aumento da pressão arterial), como emocionalmente (aumento de sintomatologia depressiva e/ou ansiosa). Vale a ressalva de que neste artigo buscamos explanar os principais sintomas e consequências do estresse, podendo haver a presença de outros sintomas, dependendo do caso.

Chamamos de estresse ocupacional o momento em que o colaborador percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador. Ocorrem uma série de mudanças, que podem ser observadas pelos colegas e/ou chefia, como, por exemplo: cansaço, irritabilidade, diminuição na qualidade do trabalho, indecisão, fraco julgamento, rebaixamento do humor, aumento na frequência de cefaleia, dores de estômago, náuseas e dores constantes, nervosismo ou demonstração de infelicidade, aumento de baixas médicas, mudança nos hábitos e padrões de trabalho, dentre outros.

As consequências do estresse podem ocasionar, além de desenvolvimento de problemas de saúde (físicos ou psíquicos), o afastamento das atividades laborais por licença médica, além de aumento do risco de acidentes de trabalho e desligamento. Estima-se que 70% dos acidentes de trabalho são provocados pelo estresse, devido à falta de atenção, cansaço e desmotivação.

Pensando nas consequências que o estresse traz para a vida das pessoas, trazemos algumas dicas de hábitos para auxiliar na qualidade de vida e na manutenção do estresse:

  1. Pratique exercícios físicos: é comprovado que os exercícios físicos auxiliam na sensação de bem-estar. 30 minutos diários já são o suficiente;
  2. Organize sua rotina: a organização de horários das atividades diárias diminui a sensação de pressão e cobrança para execução de tarefas;
  3. Tenha um hobby: seja a prática de um esporte, artesanato ou qualquer outra atividade que traga bem-estar;
  4. Mantenha o seu senso de humor. Isto inclui a capacidade de rir de si mesmo;
  5. Aprenda a identificar os seus limites, aceitando as limitações próprias e das situações estressantes;
  6. Dedique um tempo para ficar próximo de amigos e familiares. O mais importante é a qualidade, não a quantidade de tempo.
  7. Busque relaxar, seja por meio de práticas como yoga, meditação ou mindfulness. O processo de relaxamento auxilia no estabelecimento do foco, reduzindo por consequência o estresse.
  8. Em caso de maiores dificuldades, consulte um psicólogo.

          Janaína Goulart- Psicóloga CRP 07/23158

Confira abaixo a matéria sobre o convênio de Atendimento Psicológico da ASSOJAF/RS:

http://bit.ly/26UdgbZ

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