Médica informa oficiais de justiça sobre prevenção de doenças

Em encontro realizado no dia 30 de setembro, os oficiais de justiça avaliadores federais da Subseção Judiciária de Porto Alegre tiveram a oportunidade de sanar suas dúvidas sobre os riscos associados ao contágio com doenças infectocontagiosas durante as diligências para cumprimento de mandados judiciais. A conversa com a médica Lívia Aurélio Andreoni, infectologista da SJRS, aconteceu no auditório do prédio sede da instituição.

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De acordo com Kátia Lisiane Von Muhlen, diretora da Central de Mandados da capital, os questionamentos surgiram quando os profissionais passaram a cumprir os mandados socioeconômicos, anteriormente de competência dos assistentes sociais. As seções de Psicologia e Médica do NADH promoveram, então, um momento para um diálogo informativo.

Os participantes receberam informações sobre tuberculose, hepatite, tétano, leptospirose e raiva. A médica afirmou não ser fácil contrair essas doenças, já que todas “requerem um contato mais íntimo com quem está contaminado para que ocorra a transmissão.”

Ela também salientou a importância da prevenção. “Normalmente, os adultos protegem as crianças e se esquecem de si. Vacinar-se é, para muitos casos, a melhor forma de evitar doenças, como no caso de tétano”, completou. A moléstia, segundo Lívia, é considerada rara no sul do país, mas não deve ser menosprezada. “A contaminação, apesar de o risco ocupacional ser baixo, deve ser levada em conta”, alertou.

Os maiores questionamentos dos servidores estavam relacionados à hepatite e à tuberculose. Lívia, entretanto, tranqüilizou-os. “O primeiro é transmitido a partir de relações sexuais sem proteção ou pelo compartilhamento de seringas, como o HIV. No segundo caso, o paciente tem de estar com níveis altos de bacilos no organismo e não realizar tratamento”, explicou.

Para encerrar, a infectologista apresentou dicas básicas para os cuidados com a saúde. “Lavar sempre as mãos. Se não for possível, tenha álcool em gel consigo para higienização”, disse. “Não compartilhar objetos com os moradores das casas é outro fator importante que não deve ser esquecido”, finalizou.

A diretora da Cempa avaliou positivamente o encontro. “Foi super proveitoso. Dirimiram-se dúvidas e anseios do pessoal”, completou. Futuramente, ocorrerá nova reunião para esclarecimentos sobre formas de agir do oficial de justiça em casos de crises agudas de transtornos psicopatológicos.

A ASSOJAF/RS vê com bons olhos as palestras que venham a contribuir para o aperfeiçoamento do trabalho dos  OJAFs, no entanto, juntamente com o Núcleo dos Oficiais de Justiça do SINTRAJUFE-RS farão o enfrentamento da questão, administrativamente, junto a corregedoria regional do TRF4, pois entendem que a realização dos mandados socioeconômicos competem aos assistentes sociais e que, possivelmente, exista verba orçamentária na SJRS para a contratação destes profissionais.

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